segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Histórias de Fonte-Boa



"Capela de Stº AntónioFica situada do lado nascente da estrada que liga Fonte Boa a Barqueiros, no sítio do Queimado. Dedicada a Santo António e às Benditas Almas do Purgatório.



Capela do Coração de Maria - Decorreu na Igreja Paroquial de Fonte Boa a Santa Missa, pregada pelo Reverendo Frei João dos Santos Rosa, franciscano, natural da freguesia de Carvalho, concelho de Celorico de Basto, nos finais do ano de 1865. A sua mensagem, anunciante da Boa Nova, e como grande devoto do Santíssimo e do Imaculado Coração de Maria, encheu os corações dos Fonteboenses. Desde logo se organizaram e resolveram edificar uma Capela e mandar executar a Imagem do Coração de Maria.
Cruzeiro ParoquialNormalmente o centro da freguesia é marcado com uma cruz - o Cruzeiro Paroquial. Localiza-se perto da Igreja para beneficiar dos "ares santificados". De certa forma estabelece a ponte entre o sagrado e o profano, entre o leigo e o padre. Localiza-se num pequeno largo, pelo lado Norte, faceando a estrada que liga Fão a Rio Tinto. É composto por um plinto, moldurado, que assenta numa base de dois degraus. O fuste liso, rematando num capitel do tipo coríntio, sobre o qual assenta uma cruz de pontas e braços nervurados. Pela sua tipologia, poder-se-á datar de meados do século XVIII."


Cruzeiro da Nossa Sr.ª da Graça"E o cruzeiro que servia para a dita igreja velha por estar também arruinado o mandei por de novo no largo da Igreja velha, onde actualmente está. Desse sítio se pagava ao Duque de Bragança, meio tostão". A uns 100 metros, mais para Nascente, eleva-se o velho cruzeiro. Segundo reza a tradição, levantou-se precisamente no sítio da antiga Igrejinha. É composto por um plinto quadrangular, assente em dois degraus. O fuste é liso e o capitel, com gola, é do tipo dórico. Remata com uma cruz simples denotando bastante antiguidade. É datável do Século XVII


Capela da Nossa Senhora da GraçaEsta Capela é, sem dúvida, o reminiscente da antiga Igreja Paroquial, da extinta freguesia medieval de Alapela. Do primitivo templo pouco ou nada resta. Sabemos que em 1701 já estava completamente em rui nas, construindo-se, ou talvez reconstruindo-se o actual templo, no local do primitivo. No Livro de Usos e Costumes diz-se que "esta dita Igreja de Alapela se achava sita nesse lugar da parte de baixo, à mão direita vindo pela estrada corrente que vai para a Barca do Lago e arruinando-se de todo a tal Igreja, fizeram os moradores a Capela da Senhora da Graça, de fronte da Igreja Velha (1771) e da parte de cima, e o cruzeiro que servia para a dita igreja velha por estar também anuinado o mandei por de novo no largo da Igreja velha, onde actualmente está. Desse sítio se pagava ao Duque de Bragança, meio tostão." O custo da obra foi suportado por subscrição pública


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Moinhos da Abelheira

"Nas Marinhas, destacam-se os Moinhos da Abelheira, anteriores a 1758, que no passado tiveram um papel importante na economia da freguesia, uma vez que eram moinhos de vento utilizados pelos moleiros para a moagem do milho em farinha que seria posteriormente distribuído pelas gentes da freguesia e das freguesias vizinhas. Sendo este um ponto de visita obrigatório na freguesia. Os moinhos da Abelheira constituem um conjunto de sete moinhos de vento alcantilados na vertente do monte Nordeste a esta freguesia. A sua construção revestiu-se de algumas particularidades, o que os torna diferentes de outras regiões. Estes, pertencem à variante mediterrânica dos moinhos fixos com telhado móvel giratório – o mais comum, em Portugal. Construídos em pedra, sem reboco, sobre plataformas circulares de 8 a 10m de diâmetro dispostas em anfiteatro, têm um dimensionamento em altura semelhante ao diâmetro e a fechar, um telhado cónico construído em madeira. Apesar de relativamente baixos, têm dois pisos sendo que o acesso ao piso superior se faz por uma escada em pedra que acompanha a parede exterior. É no piso superior que se encontra a moenda. “O movimento das velas, no sentido dos ponteiros do relógio, é transmitido à mó andadeira através de uma roda dentada aplicada neste, paralela às velas, designada de entrosga ou entrós que engrena no carrinho fixo ao veio de e que por sua vez encaixa na mó andadeira através da segurelha. (…) A mó andadeira (superior) deve ser mais macia que a dormete (inferior e fixa) e, geralmente, era obtida no monte da S.ra da Guia em Belinho. O velame deste moinhos consiste em quatro velas triangulares de lona armada sobre outros tantos pares de varas irradiando do eixo ou mastro. Consoante a intensidade do vento, o moleiro tinha necessidade de aumentar ou diminuir a superfície da vela exposta ao vento. A esta operação dava-se a designação de «dar pano» quando o vento era pouco, ou «tirar pano» quando era de grande intensidade. No que diz respeito ao «desviar do moinho» a solução para a rotação da cobertura e de todo o sistema a ela ligado consistia na aplicação de uma vara comprida, como que um rabo fixado no tejadilho, do lado oposto ao das velas e que se prolongava até perto do solo de onde era condicionada pelo moleiro para a direcção pretendida, em função do vento.” Dos sete existentes, restam apenas dois, habitados por particulares – os restantes encontram-se profundamente degradados e em ruínas justificado pela falta de interesse ou motivos económicos por parte dos respectivos donos."

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Do Megalitismo à Época Medieval





"MENIR DE S. PAIO DE ANTAS (ANTAS)Monólito em granito da região, bem talhado, de aspecto fálico, sem qualquer tipo de decoração, visível em cerca de 1, 65 m de altura. Apresenta uma inclinação para sul, posição que acentua sua forma eminentemente fálica. Muitos investigadores atribuem-lhe carga simbólica, associando-o a ritos de fertilidade praticados pelas comunidades de então. Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1992.


DÓLMEN DO RAPIDO III (VILA CHÃ)O dólmen do Rapido III integra um conjunto megalítico formado por três mamoas.Apresenta uma câmara protegida por uma mamoa em terra e uma pequena couraça, integrando ainda um pequeno corredor. Alguns dos nove esteios da câmara apresentam vestígios de arte rupestre, sob forma de gravuras.


CASTRO DE S. LOURENÇO (VILA CHÃ)O castro de S. Lourenço é um povoado fortificado, no qual foram encontrados vestígios que recuam ao séc. IV a.C. Desde o séc. II a.C. que as casas vão sendo construídas por todo o monte em patamares. A área escavada mostrou a existência de núcleos habitacionais, os quais são frequentemente rodeados por lajeado. A defesa era assegurada por três muralhas.Nos finais do séc. I a.C. assistiu-se a transformações que perduraram até ao séc. IV d.C., com todos os indícios de romanização.Após um período de abandono o Monte de S. Lourenço volta a ser ocupado, por volta do séc. XIV quando é erguido um sistema defensivo, tipo pequeno castelo.Para além do aspecto histórico-arqueológico o Monte de S. Lourenço é um local de rara beleza paisagística. Miradouro com vista para o Atlântico, permite a visão da orla costeira, onde se destacam pontos como a Póvoa de Varzim, o pinhal do Ofir ou mesmo os célebres "Cavalos de Fão". Além da maravilhosa vista pode-se ainda desfrutar de um ambiente calmo e repousante.



CASTRO DO SR. DOS DESAMPARADOS (PALMEIRA DE FARO)O castro do Sr. dos Desamparados é um povoado de pequenas dimensões, servido por um sistema defensivo formado por duas muralhas. O monte apresenta as características casas redondas, completadas por um encanto particular conferido pela Natureza, nem sempre passível de se admirar noutros sítios. Na acrópole foi construída a capela do Senhor dos Desamparados, cuja data de construção remonta a 1825/26, estando assumidamente relacionada com a 2.ª Invasão Francesa.




CEMITÉRIO MEDIEVAL DAS BARREIRAS (FÃO)A antiguidade da Vila de Fão está bem patente nas cerca de 144 sepulturas e restos de um edifício, os quais remontam ao período que oscila entre o século XI e XIV.Os túmulos são constituídos em caixa e cobertura de xisto ou com caixa em granito e tampas de placas de xisto, estando orientados no sentido Poente-Nascente. Os esqueletos dos túmulos estavam ainda razoavelmente conservados, o que proporcionou a realização de um estudo antropológico.Do espólio detectado até ao momento salientam-se algumas moedas da primeira dinastia e cerâmicas atribuíveis aos séculos XII a XIV. "


http://www.visitesposende.com/content/view/211/89/lang,portuguese/

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cidade de Esposende e a sua História

"Cidade de Esposende, Passos da sua história
Percurso Pedonal pela cidade de Esposende, de dificuldade baixa e com uma distancia aproximada de 4 km


Cidade de Esposende

A elevação de Esposende a Vila remonta a 19 de Agosto de 1572, durante o reinado de D. Sebastião (1554-1578). Em 16 de Dezembro de 1886 adquiriu a categoria de julgado Municipal e em 27 de Outubro de 1898 a d
e Comarca Municipal. Foi após o período áureo da arte de marear, decorrido entre as centúrias de XIV e de XV, que Esposende conheceu o auge – entre os séculos XVI e XVIII – através do comércio marítimo e da construção naval.

Neste percurso pedonal pela cidade de Esposende, ficará a conhecer a sala de visitas do concelho de Esposende.

Este roteiro tem início no Largo Dr. Fonseca Lima, com uma visita ao Museu Municipal de Esposende que está instalado num edifício dos princípios do século XX, à época o Teatro-Club de Esposende, que saiu do traço do arquitecto Ventura Terra.

Ainda no Largo Dr. Fonseca Lima o busto de Henrique Medina, nome que está associado a Esposende em função das estadias do artista na aldeia de Goios, Marinhas.

O legado deste reconhecido pintor é grande, tendo materializado-se em Esposende na instalação e organização de um Atelier-Museu, em Góios, local onde fixara residência desde 1974 e acabaria por falecer aos 87 anos de idade.

No Largo Comandante Carlos de Oliveira Martins, fronteiro ao Dr. Fonseca Lima, a pequena capela do Senhor dos Aflitos.

A capela tem uma planta rectangular, com a fachada voltada a poente. A frontaria ostenta um frontão triangular, encimado por uma cruz trilobada assente num plinto. Os pináculos laterais são de base rectangular.

Após estas visitas, deslocando-nos através da Rua Barão de Esposende e do Largo Marquês do Pombal, chegamos a um outro largo, o do Pelourinho.

O pelourinho de Esposende terá tido lugar defronte da Câmara Municipal, até 1925, quando o estado de degradação em que se encontrava obrigou a que fosse reconstruído no local onde o pode agora observar. Trata-se de um interessante exemplar deste símbolo do poder concelhio.

Através da rua Narciso Ferreira, alcança-se o Largo Sacadura Cabral, local onde se implanta o edifício do antigo Grémio da Lavoura de Esposende. Esta casa datada do séc. XVIII, hoje em ruína, apresenta na sua fachada elementos compositivos de remate em cantaria bastante cuidados – cunhais, cornija e envasamento.

Da rua Dr. José Manuel Oliveira chega-se à Biblioteca Municipal.

Tendo como suporte físico a denominada Casa do Arco, a Biblioteca Municipal ocupa um conjunto de outros dois edifícios datáveis dos séculos XVI e XVIII. Aqui se guarda para consulta todo o acervo documental acerca da história e tradição deste concelho.

Quem ascende pela Rua da Senhora da Saúde, desde a Praça do Município, e ultrapassa a estrada Porto-Viana do Castelo (EN 13), repara num souto arborizado onde se implanta a Capela da Senhora da Saúde.

A actual capela da Senhora da Saúde é de finais do século XVIII. A frontaria é muito singela, simétrica e o branco da fachada contrasta com o cinza do granito das molduras e ângulos. Este pequeno santuário mariano consta de capela-mor, nave, coro e sacristia e é envolvido por um amplo adro vedado por um muro granítico e ponteado de frondosos plátanos.

Voltando ao centro da cidade através da rua da Senhora da Saúde, eis a Praça do Município.

A igreja da Misericórdia faz parte de um complexo de edifícios que inclui também a Casa da Misericórdia, cuja confraria foi instituída em 1595. O templo actual data de 1893, conforme uma inscrição existente no seu interior. No interior da Igreja da Misericórdia, está construída a Capela do Senhor dos Mareantes. Trata-se de uma Capela de características excepcionais, classificada como Monumento Nacional.

Numa das extremidades desta praça, poderemos apreciar o busto do poeta António Correia de Oliveira, da Casa de Belinho, em Antas.

O poeta António Correia de Oliveira era natural de São Pedro do Sul, onde nasceu no ano de 1879. Em 1912, por casamento com uma senhora de família proprietária em Belinho, veio viver para a Quinta das Rosas. Aí permaneceu até à morte, em 1960.

O edifício dos Paços do Concelho, de origem setecentista, sofreu remodelações ao longo dos anos que lhe conferiram o aspecto actual. A galeria térrea composta em arcaria que faz a ligação entre a rua 1.º de Dezembro e o Largo Fonseca Lima, é de apreciável valor.

Na rua 1º de Dezembro, também conhecida como "rua direita", poderemos dar largas ao nosso espírito consumista e adquirir uma recordação numa das lojas da artéria comercial mais movimentada da cidade. Um verdadeiro centro comercial ao ar livre.

O Palacete de Valentim Ribeiro da Fonseca, na rua 1.º de Dezembro, trata se de um edifício estilo Arte Nova, mandado construir no início do século XX, por Valentim Ribeiro da Fonseca.

Após a rua "Direita", já no Largo Rodrigues Sampaio, é a morada da actual Igreja Matriz.

A igreja matriz é um edifício de meados do século XVI, como muitos dos monumentos de Esposende. Sofreu já alterações e restauros posteriores, mas o conjunto denota claramente a sua origem cronológica.

Neste Largo Rodrigues Sampaio, detemo-nos para apreciar a estátua a António Rodrigues de Sampaio, nascido em Mar, em inícios do séc. XIX.

Ainda no mesmo largo, no topo poente, o Monumento ao Homem do Mar de Esposende é uma sentida homenagem e simboliza o esforço das populações que do mar tiraram sustento e também daquelas que construíram as embarcações necessárias à faina marítima.

Daqui, um pequeno “pulo” até às Piscinas Foz do Cávado, junto à margem direita deste rio, em frente ao Posto de Turismo e nas imediações do futuro Museu Marítimo de Esposende.

As Piscinas Foz do Cávado encontram-se integradas num complexo de lazer, na cidade de Esposende entre a marginal e a margem direita do rio Cávado.

Na Praça D. Sebastião, frente às Piscinas Foz do Cavado, a estátua de D. Sebastião.

A 19 de Agosto de 1572, o rei D. Sebastião concedeu foral à Vila de Esposende. Na comemoração do IV centenário desse momento tão significativo para Esposende, a Câmara Municipal decidiu erigir um monumento em memória do monarca, na praça de seu nome.

Pela Av. Eng. Arantes e Oliveira, após o Mercado Municipal para norte, através da rua Piloto da Frita encontra-se a Capela de São João Baptista, em rua com a mesma designação.

A capela data da segunda metade do século XVII, bem como o interessante cruzeiro que podemos encontrar bem perto.

No final da rua de São João, a norte, através da Avenida Rocha Gonçalves, quem desejar pode observar o Hospital Valentim Ribeiro da Fonseca.


O edifício deste Hospital saiu do risco do Arquitecto Ventura Terra, nos inícios do século XX, ainda sob o regime monárquico.

Prossigamos o percurso, através da Marginal (Av. Eng. Arantes e Oliveira), à margem do estuário do Cávado, com uma esplêndida vista sobre as suas águas, até à Praça das Lampreias.

O forte de S. João Baptista ergue-se junto à foz do Cávado, no limiar do rio e do mar. É um edifício de origens seiscentistas, mandado erigir por D. Pedro II, mas que viu a sua construção prologar-se pela centúria seguinte. Foi parcialmente desmantelado aquando da instalação do farol e também quando decorreram as obras de enrocamento da barra do Cávado.



Rio Cávado

A reunião do rio Cávado com o Mar é um espectáculo que merece algum tempo de observação e de enlevo...

O Rio vai-se espraiando no estuário, numa curva lenta em direcção ao Atlântico. Está protegido a poente pelo Ofir e a nascente pelas terras de Esposende. Aquela fita de água dirige-se ininterruptamente para o seu final, mergulhando nas águas do grande Oceano.

Mesmo no final do estuário do Cávado há bons locais para admirar esta paisagem de uma beleza inconfundível: um bar, com a sua esplanada, ou um passeio pela marginal, arranjada para isso mesmo, onde o deambular de bicicleta ou a pé apetece, nos fins-de-tarde cálidos de Verão, ou num dia mais agreste de Outono...



A morte da água Ruy Belo, in Obra poética, I, 1984, p.182

"Um dos passeios que mais gosto de dar é ir a Esposende ver desaguar o Cávado. Existe lá um bar apropriado para isso. Um rio é a infância da água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar largo. Acabou-se qualquer possível árvore genealógica, visível no anel do dedo. Acabou-se mesmo qualquer passado.

É o convívio com a distância, com o incomensurável. É o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos. Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré-cheia. E é em Esposende que eu gosto de assistir, durante horas, a troco de uma imperial, à morte de um rio que envelheceu a romper pedras e plantas, que lutou, que torneou obstáculos. Impossível voltar atrás. Agora é a morte. Ou a vida."

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

gripe A ao longo do mundo


██ mortes confirmadas

██ infecções confirmadas

██ infecções não confirmadas

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